sábado, 21 de maio de 2011

Fala Clarice L.



Eu só escrevo quando eu quero, eu sou uma amadora e faço questão de continuar a ser amadora. Profissional é aquele que tem uma obrigação consigo mesmo de escrever, ou então em relação ao outro. Agora, eu faço questão de não ser profissional, para manter minha liberdade.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Carta de um suicida.

Querida Melise. 

Peço-lhe perdão, perdão por minha fraqueza meu amor,  e por permitir que me encontrasse aqui desta forma. Fui falha em todos os sentidos  e admito, poderia ter sido a mulher a quem você pudesse confiar teus segredos, desejos e amizade, ao invés de passar dias fora de casa. Poderia ter sido aquele alguém que  te colocasse no colo quando estivesse em pranto e a fizesse dormir, ao invés de não perguntar se quer como você estava após passar a noite inteira em claro,  mesmo sabendo que o perdão não trará nossa vida de volta, não trará nossos moveis, nem nossa casa, nossos bens, nem salvará nosso amor, lhe peço com esse coração que já não bate mais, porém que ainda é repleto de amor, PERDOA-ME. Perdi tudo, perdi a essência da alegria quando a vi sair por aquela porta, em nada via sentido e me entreguei, não consigo mais viver sem você, não faz sentido fechar meus olhos e abrir se não puder encontrá-la a minha frente. A grande vilã agiu de forma inesperada, se infiltrou em mim e dominou todos os meus desejos, ela, somente ela é causadora de todos os males cujo estou sofrendo, perdoe-me meu amor. Fui fraca em não lutar prol a minha vida, vida esta que era você, Melise,  permiti que fosse embora e não fiz nada para que pudesse ficar. Entreguei-me e agora pago o preço. Me entreguei sem pensar nas conseqüências, mas hoje arrependida e invalida não suporto a sua ausência. Hoje estou nessa cama, definhando, morrendo e não agüento mais essa tristeza que me consome. Desculpe-me por todas as noites que passou em claro me esperando entrar pela porta da frente, desculpe-me pelas vezes que em teu colo desmaiei e você foi tão cuidadosa, minha querida, desculpe-me por prometer tantas vezes deixar  a química e volta e outra me encontrar perdida em becos vazios.
Viver não faz sentido sem você, por essa razão terá meu ultimo suspiro em papel.
Em 5 minutos estou crente de que não farei mais parte desse plano, mas não se preocupe eu vou estar bem,  estarei bem por que sei que eu vou te encontrar em outra vida e recompensá-la-ei.
Pagarei o preço que for para te encontrar de novo, e de novo, e de novo, afinal nada pode ser tão ruim quanto não te-la em meus braços. A quem perguntar diga coisas boas, frise que eu nunca fui de má índole e lutei muito por nossas conquistas, diga também a que fim a química me levou,  abra os olhos de  todos aqueles que você conhece e até dos que não conhece, diga que tudo o que a droga trás é ilusório e auto-destrutivo, é só olhar para o meu corpo frio,  alerte-os que  o mal veste terno e gravata,  tem um belo par de sapato de couro, tem um bom carro e está em festas, bares, faculdades, escolas, baladas , diga que para esses demônios elegantes “sua vida” não tem valor,  eles são comunicativos, e aparentam ser confiantes, há quem os chama de amigos, assim é quem irá ajudar a destruir sua vida levando-o a loucura, a perdas, a dor e a morte. Não fique triste meu amor, por favor, não sinta raiva, não me maldiga, já sofri o bastante, ore por mim e me ame mesmo que seja por piedade.
Saiba que eu te amei a cada segundo que vivi, e mesmo agora me vendo ao chão saiba que eu te amo e vou continuar te amando aqui  e em qualquer lugar que eu esteja independente de tempo. 


Adeus.
De sua eterna e  somente tua.
 



Este foi um desafio feito pela Natalia Rosalen ou Mel para quem conhece.
De qualquer modo aqui esta, desafio aceito.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

A viagem

Ao relento de minh’alma
decidi explorar os quatro cantos de mim
calada sobre fatiotas brancas
e em sorrisos quase que celestiais.
Em meu paraíso encontrei quinhões
de uma historia peculiar e divina
Com lembranças do que fui e vou ser
Jubilosa feito criança
Entre sorrisos e abraços
Minh’alma e meu corpo bailaram, juntos,
Podendo por um minuto ser somente uma.
Não havia momento tão prazeroso quanto aquele
Não havia nada mundano que pudesse conter minha alegria
Enfim,
Desafiei todos os meus pensamentos,
Meus segredos, meus desejos

Descrente no desassossego que poderá me ocorrer
parti de mim para uma crucial experiência
Decidi então ter um pouco de inferno.
Quando fora, senti frio, cheiro de enxofre,
 este que me roubava o ar em tormento
Gritos insanos e zombarias diabólicas.
O medo me fez retomar para o recanto
Lugar donde não deveria ter saído
após  minutos aflitos.
Não permaneci nem um segundo mais fora do meu paraíso
e  em uma decisão quase que impulsiva
quis conhecer agora o inferno fora de mim,
Inferno este que é paraíso diante dos meus olhos órgãos
Já que o meu, não posso dominar.

Despeço-me em vago silêncio,
enquanto meu espírito repousa nesta fatiota
Cujo intitula-se “corpo”,
Se recompondo de sua recente perda, energia vital e paz.





Natallia Rosa – Maio 09, 2011.

A-deus!

  Dizer adeus para alguém que você tanto se importa e notar o relógio passando enquanto de um ponto ao outro a sua mente nublada é capaz de...